Entenda porque ocorre a inflação da educação superior privada nos preços das mensalidades e como é possível evitar este aumento.

Após a crise econômica que afetou diversos segmentos, incluindo o mercado educacional, este setor vem apresentando, ao longo dos últimos meses, indicadores positivos.

O cenário promissor — porém, altamente competitivo — das instituições privadas de ensino superior mostra a necessidade de tomar decisões estratégicas baseadas em dados.

Essas informações nem sempre são fáceis de serem encontradas. Por isso, contar com uma edição do Panorama do Ensino Superior Privado 2018 pode ser muito útil. Isso porque, esse estudo apresenta um verdadeiro raio-x do mercado de ensino superior privado no Brasil.

Ele conta com dados de uma exclusiva pesquisa de mercado feita com uma base de mais de 50 mil alunos. Além disso, apresenta inúmeras análises estratégicas.

É muito importante estudar essas informações, pois isso permitirá entender a situação atual do mercado e auxiliará na tomada de decisões em sua IES para este ano de 2019.

Sabendo disso, vamos abordar um dos mais importantes indicadores para instituições de ensino superior: a inflação da educação superior privada.

Neste artigo, você vai entender:

  • O que é a inflação da educação superior privada;
  • Quais motivos levam a um aumento na inflação;
  • Como é possível evitar esse problema.

Inflação da Educação Superior Privada

O que é a inflação da educação superior privada?

Para entender o que é a inflação da educação superior privada, é necessário primeiramente compreender o conceito de inflação. Trata-se do aumento persistente e generalizado no valor dos preços.

O índice que mede a inflação da educação superior privada é o INPM-QB (Índice Nacional de Preços de Mensalidades – Quero Bolsa), que mostra a variação ocorrida nos valores das mensalidades.

O INPM-QB mais recente foi obtido com o registro da variação do preço de tabela de 2018.2 em relação a 2017.2 em base comparável — ou seja, apenas os cursos disponíveis e com preços registrados em ambos períodos de análise —, ponderada pela captação apresentada no Censo da Educação Superior de 2016.

A seguir, é possível conferir os dados para 5 capitais brasileiras e 3 famílias de cursos. O agrupamento dos cursos foi feito de acordo com a segmentação de área geral, definida pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e apresentada no Censo da Educação Superior.

É importante notar que, nas 3 famílias de cursos, houve um aumento muito superior ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é de 1,8%.

Considerando as diferentes modalidades de ensino, entre os cursos presenciais, o aumento foi de 6,3%. Já no ensino a distância (EAD), foi de 7,7%.

Para ter acesso à tabela completa com todas capitais brasileiras e grupos de cursos, bem como vários outros indicadores do mercado educacional, é necessário adquirir o Panorama do Ensino Superior Privado 2018.

Quais motivos levam ao aumento da inflação?

Existem vários fatores que influenciam nos preços das mensalidades. Para entender melhor, é preciso olhar para os acontecimentos que afetaram o mercado educacional nos últimos anos.

Devido à crise econômica e à escassez dos recursos do FIES, entre 2015 e 2017, as IES enfrentaram um momento de dificuldades. Isso porque, não era mais possível repassar os custos para os alunos. Portanto, as mensalidades mantiveram reajustes mais baixos.

Contudo, no ano de 2018, a economia finalmente começou a dar indícios de reaquecimento, apresentando dados promissores. Isso permitiu que as IES tivessem a oportunidade de recuperar um pouco do que perderam nos últimos anos. Em outras palavras, agora elas têm espaço para fazer reajustes mais agressivos. Isso explica os índices acima da inflação.

Além disso, é inevitável aumentar a mensalidade, tendo em vista que os custos internos da faculdade aumentam todos os anos. Esses custos acabam sendo repassados aos alunos a fim de que as IES possam permanecer no mercado — trata-se de uma questão de sobrevivência.

 

Inflação de Educação Superior Privada

Como lidar com o problema da inflação?

O aumento na inflação da mensalidade, como vimos, é algo natural e que vem acontecendo em universidades do país todo. No entanto, aumentar de forma muito agressiva os custos das mensalidades pode acarretar outros problemas.

Uma forma de evitar este aumento é diminuindo custos na IES. No entanto, na última década, muitas instituições já reduziram em grande escala os gastos com professores e custos operacionais.

Contudo, essa não é a única maneira de reduzir os custos. É possível, por exemplo, otimizar o investimento em marketing, reduzir os gastos com mídia off-line — que, normalmente, é mais cara — e ampliar a presença on-line, com campanhas bem segmentadas para o público-alvo.

Outras formas de diminuir os custos são a otimização de processos dentro da IES, melhorando a produtividade, bem como o monitoramento constante de métricas para saber quais canais dão mais resultados. Também é preciso observar os indicadores da IES para reduzir números importantes, como o custo de aquisição de alunos.

No entanto, mesmo diminuindo alguns custos, será preciso lidar com alguns problemas que o aumento na inflação da educação superior privada trazem, conforme veremos a seguir.

Evasão de alunos

Se, por um lado, existe a necessidade de aumentar a mensalidade devido aos custos que sobem todos os anos, por outro lado, existe a pressão no faturamento por conta das taxas de evasão que permanecem altas devido à instabilidade econômica e ao alto índice de desemprego.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pelo setor de inteligência da Quero Educação, mais de 57% dos alunos interromperam seus estudos devido a alterações no valor das mensalidades. Portanto, é preciso equacionar tudo isso ao definir os aumentos nos valores.

Possíveis soluções para esse problema são programas de bolsas ou de financiamento, que podem melhorar a permanência estudantil, bem como o apoio profissional através de encaminhamento para estágios.

Inadimplência

Outro problema enfrentado nas IES, que aumenta com as altas mensalidades, é a inadimplência. Para lidar com isso, é preciso decidir como trabalhar com negociações de dívida e programas que possam facilitar o pagamento.

Conceder compensações ou benefícios para quem paga matrículas de forma adiantada ou evita atrasos, por exemplo, pode incentivar os alunos a evitarem a inadimplência.

Para lembrar

Agora você já sabe a importância de acompanhar os indicadores do mercado educacional e, entre eles, o INPM-QB. Relembre, agora, alguns pontos importantes:

  • Existem diversos fatores que influenciam o aumento na inflação da educação superior privada;
  • É importante reduzir custos para que as mensalidades não aumentem de forma excessiva;
  • O aumento na inflação acarreta outros problemas, como a evasão e a inadimplência;
  • É preciso encontrar soluções estratégicas para esses problemas, como programas de bolsas e facilitação dos pagamentos.

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por Mktvirtual