Relembre os acontecimentos marcantes para o setor no Brasil
O ano de 2019 foi movimentado. Conheça nossa Retrospectiva da Educação 2019 e relembre os fatos mais marcantes do final desta década. Saiba também das tendências que estão sendo consolidadas para os próximos anos.
MEC anuncia Enem digital para 2020
Uma dos principais destaques da educação neste ano foi o anúncio do Enem digital. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá aplicação digital a partir de 2020. A transição do papel para o computador começa com um projeto-piloto para 50 mil candidatos de 15 capitais. A proposta do Ministério da Educação (MEC) é que a adesão ao novo formato no ano que vem seja opcional e já no ato da inscrição.
O objetivo do MEC é que até 2026 o Enem seja 100% digital. Certamente esse foi um dos fatos mais importantes da Retrospectiva da Educação 2019. A transformação no processo seletivo mais importante para o ensino superior brasileiro fortalece uma tendência do setor: as avaliações e a admissão online. E você, o que acha disso?
A crise do Fies em 2019
Em 2019, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) completou 20 anos em meio a uma crise. Após um longo período de crescimento que aqueceu o mercado educacional em 2019, o programa apresentou uma taxa de quase 60% de inadimplência. Além disso, o Fies passou por algumas reformulações por parte do governo e que tornaram o financiamento mais restrito.
Apesar do cenário instável, no final de 2019 o setor educacional começou a reagir. Diante do contexto, as IES têm sido estratégicas e estão trabalhando novas janelas de oportunidades.
MEC amplia carga horária que fomenta o ensino híbrido
No mês de dezembro, o Ministério da Educação (MEC) editou a portaria que permite que cursos superiores da modalidade presencial ofereçam até 40% de sua carga horária total na modalidade à distância (EaD). A medida, agora também para as universidades públicas, só não é válida para os cursos de Medicina.
As mudanças revogam a portaria nº 1.428, de 28 de dezembro de 2018, que permitia a aplicação de até 20% da carga horária dos cursos em EaD.
Com a ampliação, instituições de ensino privadas e públicas estão maximizando a atuação focada no ensino híbrido, que já é uma tendência da educação. Sendo assim, o ano de 2019 consolida-se como o ano de ascensão do ensino híbrido.
Grandes negociações ocorrem no mercado educacional
Este ano também foi marcado por grandes negociações no setor educacional. Duas delas ocorreram no mês de outubro. A primeira foi a reformulação do grupo Kroton, maior empresa de educação privada no Brasil.
Em 2019, a Kroton iniciou diversas mudanças estratégicas de gestão. Em síntese, a transformação começou com o novo nome, Cogna Educação, que tornou-se uma holding e dividiu-se em quatro empresas com focos diferentes. O objetivo foi atrair diferentes investidores e conquistar o mercado como prestadora de serviços de tecnologia para instituições de ensino.
Também em outubro, o grupo de educação Yduqs, dono da Estácio, comprou o grupo educacional Adtalem Brasil. O Adlatem Brasil era dono de marcas como o Ibmec, Wyden e Damasio Educacional.
O negócio custou 1,9 bilhão de reais e fez parte da estratégia de expansão da universidade carioca Estácio, que mudou de nome para Yduqs em julho deste ano.
EaD triplica em número de alunos e já oferta mais vagas do que o ensino presencial
Segundo o Censo da Educação Superior 2019, o número de ingressantes em cursos da graduação presencial no Brasil foi o menor nos últimos sete anos.
Entretanto, de cada dez calouros na graduação, quatro foram para o Ensino à Distância (EAD). De 2011 para cá, a modalidade de ensino cresceu mais de três vezes. O número passou de 431,5 mil ingressantes, em 2011, para 1,37 milhão em 2018.
Além disso, o Censo registrou que, pela primeira vez na história, o número de vagas ofertadas no EaD foi maior do que no ensino presencial. De acordo com os dados, em 2018, foram 7,1 milhões de vagas na modalidade à distância e 6,3 milhões em cursos presenciais.
Vale ressaltar que a quantidade efetivamente ocupada ainda é menor, porém o dado aponta para a expansão. A estimativa do setor é que ela siga crescendo. Entenda melhor sobre o tema aqui.
Em síntese, o ano de 2019 apresentou novas possibilidades para as IEs brasileiras. As soluções tecnológicas estão cada vez mais presentes na sala de aula e nos processos da gestão educacional. Além disso, mesmo diante de cenários instáveis da economia, o setor continua crescendo estrategicamente.
2019, um ano de mudanças e crescimento para a Quero Educação
Na Retrospectiva da Educação 2019 não podemos deixar de falar da Quero Educação. A empresa alcançou a marca de 700 colaboradores. Com tanta gente trabalhando, a edtech conseguiu expandir seus serviços e trazer soluções inovadoras. Entre as novidades está o Quero Analytics, um serviço de consultoria estratégica que analisa os movimentos do mercado por meio de uma plataforma interativa que fornece análises exclusivas.
Outro marco de 2019 foi a realização de mais um Quero Captação, evento de gestão educacional com mais de 10 horas de duração e 1200 participantes. O encontro aconteceu no dia 25 de outubro, em São paulo, e reuniu gestores, palestrantes e marcas de dentro e fora do Brasil.
Além disso, em 2019 a Quero Educação investiu R$ 20 milhões na fusão com a startup Melhor Escola, um marketplace de ensino básico. A aquisição potencializa a atuação da empresa em um segmento novo. Além disso, a Quero Educação passou a atender, também, cursos livres, técnicos e idiomas no marketplace Quero Bolsa.
Em 2020, a meta é crescer ainda mais, fomentando a educação brasileira e possibilitando soluções inovadoras para o mercado educacional.
E você? Qual é a meta da sua instituição de ensino para o ano que vem? O objetivo do blog Gestores é estar ao seu lado enfrentando os seus desafios. Vamos juntos também em 2020?
