Nos últimos anos, as startups de educação, ou edtechs, vêm se destacando por representarem um modelo de negócios promissor

A criação de uma startup é baseada em uma ideia inovadora que atenda a uma oportunidade de mercado, resolvendo algum problema dos clientes. Tão importante quanto a ideia é ter um time capaz de executá-la, o que demanda competências complementares.

No mercado de educação encontramos as edtechs – startups que criam produtos de educação baseados em tecnologia. Elas prometem facilitar os processos de aprendizagem, atuar nas dificuldades e nos problemas relacionados às práticas pedagógicas, além de democratizar e ampliar o acesso à educação.

Para entender melhor a influência das edtechs no mercado educacional, continue a leitura.

Afinal, o que é uma startup?

imagem de um notebook, caderno de anotações, óculos e celular, remetendo a um ambiente de startup de educação

Muitos acreditam que as startups sejam pequenas empresas em seu estado inicial, mas o conceito vai muito além disso. Recentemente, especialistas parecem entrar em consenso ao estabelecer que as startups são empresas jovens, com baixo custo de manutenção, que proponham um modelo de negócio rentável e facilmente escalável em condições de incerteza.

Segundo a revista Exame, em matéria publicada em 2018, para ser considerada uma startup, a empresa deve contar com algumas premissas básicas: 

  •         O modelo de negócios precisa gerar valor – ou seja, transformar o propósito em dinheiro. 
  •         A empresa deve ser capaz de entregar o mesmo produto em escala, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. 
  •         Crescer cada vez mais em receita, sem que isso influencie no modelo de negócios e com custos baixos.
  •         Na maioria das vezes, utiliza a tecnologia como proposta de solução para o negócio.

Empreendimentos inovadores

Segundo Marcelo Dultra, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Inovação e professor da UNIFACS  “uma startup é uma empresa que entrega à sociedade uma proposta de valor inovadora, centrada em um produto, serviço ou modelo de negócio. Geralmente, esse tipo de empresa cria serviços com base na área de tecnologia da informação e comunicação”.

Vamos a um exemplo. Antes, uma pessoa que queria estudar inglês tinha que visitar várias escolas para conhecer os preços, as vantagens de cada uma e sua proposta de ensino. No passado, era difícil conhecer referências para avaliar a qualidade de uma escola. Havia, então, uma oportunidade de resolução desse problema com a velocidade e a inovação da startup. “No Quero Bolsa Idiomas – uma das soluções da Quero Educação – o usuário consegue ver todas as opções e preços de escolas ao seu redor. Na mesma plataforma ele também encontra avaliações de ex-alunos”, conta Marco Piacentini, head de novas verticais da Quero Educação, empresa responsável pelo site Quero Bolsa.

mulher escrevendo com uma xícara de café ao lado remetendo ao trabalho em uma edtech

As edtechs que têm mudado o mercado

Um mapeamento de 2018 do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), em parceria com a Associação Brasileira de Startups do Brasil (Abstartup) apontou que o mercado das edtechs no Brasil está mais concentrado no estado de São Paulo, que sedia 43% das empresas do tipo. Ao todo, são 364 edtechs registradas no país. Das 27 unidades federativas do Brasil, 73% têm, ao menos, três empresas do tipo.

Entre as mais relevantes, estão:

  •         Quero Bolsa: oferece bolsas de estudo em universidades de todo o país, sem burocracia;
  •         Geekie: desenvolveu uma plataforma de ensino para escolas parceiras, com foco na aprendizagem ativa;
  •         UOL Edtech: oferece soluções de aprendizagem para instituições e empresas;
  •         Eduk: oferece cursos online livres e profissionalizantes a baixo custo;
  •         Qranio: trabalha com cursos de treinamento e capacitação para empresas;
  •         Descomplica: plataforma de cursinho online que oferece conteúdo acadêmico aos estudantes que querem cursar a Universidade.

Quais benefícios as edtechs podem trazer para gestores e instituições?

O trabalho das edtechs é focado na inserção da tecnologia nos processos de gestão e pedagógicos. Problemas comuns na sala de aula são, geralmente, o ponto de partida das soluções oferecidas por essas startups.

Na educação superior, cada vez mais, vem se tornando necessário um bom trabalho focado em tecnologia. As edtechs propõem a inserção do digital na sala de aula, complementando os recursos pedagógicos já tradicionais e ampliando as possibilidades. Os estudantes podem contar com mais recursos para aulas à distância; estudo interativo que meça o aprendizado em tempo real; plataformas de videoaulas, entre outros.

Outra possibilidade desse tipo de empresa é formação e atualização de professores, que podem encontrar em cursos oferecidos por essas startups a renovação pedagógica essencial.

De qualquer forma, apostar nas edtechs é apostar em benefícios de baixo custo e longo alcance.

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Marcelo Lima
por Marcelo Lima
Marcelo Lima trabalha para colocar estudantes na sala de aula há mais de 20 anos, como profissional de marketing educacional já trabalhou com mais 250 faculdades. É um dos pioneiros do EAD no Brasil e busca sempre os melhores conteúdos em forma de cases e novas ferramentas para os canais da Quero Educação.